Não importa o quanto você ama o seu bebê ou o quão preparado (a) para ser pai ou mãe você esteja. Você agora está no meio da tempestade. E estar no meio da tempestade muitas vezes significa estar exausto (a) ou sobrecarregado (a), sentindo-se ao mesmo tempo um pouco desamparado (a). Tudo isso também é natural.
Portanto, não fique se culpando se o choro do seu filho começar a soar como unhas arranhando um quadro-negro aos seus ouvidos. Você não está fazendo nada errado, e não há mal nenhum em admitir que é difícil aguentar o tranco.
Apesar disso tudo, você nunca pode, em hipótese alguma, sacudir ou machucar o seu bebê para tentar fazê-lo parar de chorar. É claro, você pode estar revirando os olhos agora, pensando que essa é a afirmação mais óbvia do mundo e que você nunca maltrataria o seu bebê – mas você se surpreenderia se soubesse o que a exaustão pode fazer com as pessoas.
Então, acima de tudo, se algum dia você sentir que está prestes a perder a cabeça por causa do choro do seu pequenino, deite-o delicadamente no berço e saia de perto. O fato de admitir que você precisa de alguns minutos longe daquelas lágrimas não a torna um péssimo (a) pai ou mãe. Contanto que você deixe seu bebê em um lugar seguro, ele ficará bem.
Além disso, se você estiver simplesmente tendo dificuldade em lidar com a situação de forma geral, tente lembrar que o choro dos bebês começa a se acalmar por volta dos 4 meses de idade. Isso quer dizer que essa fase vai passar e que as coisas em breve vão melhorar. Você também deve conversar com o(a) seu (sua) parceiro(a), amigos e família sobre os seus sentimentos. E comece a manter um diário dos períodos de choro e padrões de sono do seu bebê, de modo que possa observar progressos e saber se está na hora de ir conversar com o pediatra.
Acima de tudo, procure uma forma de encontrar tempo para si mesma quando possível. Pode ser tirar um cochilo quando seu pequenino está dormindo, deixar o(a) seu (sua) parceiro(a) cuidando dele enquanto você vai receber uma massagem ou ir passear sozinho (a) pelo sebo do bairro por uma horinha ou outra. Às vezes, a melhor maneira de segurar as pontas é cuidando de si mesmo (a) também. Lembre-se da velha analogia com o avião – eles sempre pedem, em caso de despressurização, para você colocar a sua própria máscara de oxigênio antes de tentar ajudar as pessoas ao seu redor. É porque você precisa se certificar de que está conseguindo respirar antes de poder ajudar quem quer que seja.
Portanto, dê um jeito de respirar!
Quando pedir ajuda
Seja sincero (a) também com quem gosta de você – seu (sua) parceiro(a), amigos e parentes –, todas as pessoas que mais possam estar disponíveis para ajudar e lhe dar um descanso se o novo papel de mãe ou pai estiver ficando pesado demais.
E, se surgir um daqueles momentos em que você precisa colocar o bebê no berço e se afastar, pergunte-se honestamente se dali a 5 ou 10 minutos você estará se sentindo confiante e relaxada o bastante para voltar e cuidar do seu filho. Se a resposta for "não", pegue o telefone e peça ajuda a alguém. Ligue para um vizinho, colega ou amigo – até mesmo para a polícia ou os bombeiros do bairro se não puder chamar nenhuma outra pessoa. Diga há quanto tempo o seu bebê está chorando e que você está tendo dificuldade para aguentar firme e então peça ajuda.
Lembre-se: não é vergonha nenhuma pedir ajuda. E isso também vai passar.
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