FASES DO TRABALHO DE PARTO
O trabalho de parto tem três fases e quando começam os sinais da primeira fase, os meses de preparação para o nascimento do bebé atingem o seu clímax.
PRIMEIRA FASE: CONTRAÇÕES
É nesta altura que o colo do útero começa a dilatar-se. A primeira fase do trabalho de parto divide-se em três momentos diferentes.
1. Fase latente
A fase latente, que é quando o colo do útero começa a ser alargado.
2. Fase ativa
A fase ativa é quando as contrações se tornam mais dolorosas.
3. Fase de transição
A fase de transição é a mais curta e mais intensa de todas e ocorre mesmo antes do nascimento.
É nesta primeira fase do trabalho de parto que ocorre a rutura das águas.
Esta é a fase mais esperada, pois é o momento do nascimento do bebé.
A segunda fase começa no momento em que o útero está completamente dilatado e vai até ao nascimento.
Nesta fase, irás sentir necessidade de fazer força e nesta altura as contrações têm uma duração de 60-90 segundos, com intervalos de 2 a 4 minutos.
Nesta fase do trabalho de parto, o útero descansa cerca de 15 minutos.
Chama-se a esta fase a dequitação ou expulsão da placenta.
Esta fase tem uma duração entre 10 a 20 minutos, mas pode ser ainda mais curta se houver um controlo ativo pela administração de fármacos de forma a reduzir as probabilidades de hemorragia excessiva.
SINTOMAS DO TRABALHO DE PARTO
Os sintomas de trabalho de parto principais são 3.
1. ROLHÃO MUCOSO
O rolhão mucoso é o que tapa o colo do útero durante a gravidez e o seu aparecimento é um sinal da iminência do parto.
A rutura das águas é outros dos sintomas de trabalho de parto, que surge pela pressão que a cabeça do bebé e as contrações exercem contra as membranas do saco amniótico.
O líquido amniótico pode escapar-se quer lentamente, quer em jorro e o seu fluxo depende de vários fatores.
Quando o rompimento das membranas acontece perto do termo, o parto poderá ocorrer num curto período de tempo.
As contrações prévias ao trabalho de parto, contrariamente às contrações de Braxton Hicks, são dolorosas.Deves contá-las e para isso deves começar no início de uma contração até ao começo da seguinte. Inicialmente, as contrações podem durar cerca de 30 a 60 segundos e ter intervalos entre si de 5 a 20 minutos.
Já mais próximo do final do trabalho de parto, as contrações são mais frequentes e o nível de dor começa a ser mais elevado.
Nesta altura, as contrações duram entre 60 a 90 segundos, em intervalos de 2 a 4 minutos e só terminam com o nascimento.
Se a data prevista para o nascimento do bebé está próxima, é importante que se mantenha atenta a todos estes sintomas.
ACELERAR O TRABALHO DE PARTO
Acelerar o trabalho de parto de forma natural é mais simples do que podes imaginar. Deixamos algumas dicas que são fáceis de manter e, na sua maioria, não têm custos extra e têm, ainda a vantagem de ser possível que te deixem mais tranquila.
Em caso de gravidez de risco, terás sempre de seguir à risca as indicações do médico que te acompanha.
Seja a fazer as tarefas domésticas ou a praticar algum exercício físico, o importante é que te movimentes. Conforme te exercitas, estimulas as contrações e, assim, aceleras o trabalho de parto.
2. TENHA RELAÇÕES SEXUAIS
3. RELAXA
É, por isso, muito importante aprender técnicas de relaxamento e tenta aplicá-las no devido momento, para ajudar o corpo a relaxar e, também, a reduzir a dor que sentes.
4. AQUECE-TE
5. FAZ ACUPUNTURA
INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
A indução do trabalho de parto tem como objetivo antecipar o parto e há vários fatores que podem levar à utilização desta técnica.
A indução do parto insiste na administração de medicamentos e tem de ser muito bem fundamentada, pois implica alguns riscos e só se não houver alternativa é que deve ser levada a cabo.
De seguida irei explicar as 4 razões para uma indução do trabalho de parto:
No caso de haver uma insuficiência da placenta, a saúde do bebé é colocada em risco e a indução do trabalho de parto pode ser a solução.
Se a grávida sofre dos problemas de saúde como hipertensão, pré-eclampsia, doença cardíaca ou diabetes,vai precisar de ter um parto induzido, para diminuir os riscos no trabalho de parto.
Se se der o rompimento das membranas e o parto natural não se verificar nas 24h a 48h seguintes, a indução do trabalho de parto é aconselhada.
No caso da gravidez se prolongar para além das 42 semanas, o médico pode aconselhar de imediato a indução do trabalho de parto.
Os pessários de prostaglandina afetam o útero, de forma a que a grávida entre em trabalho de parto. É um método confortável pois permite que a grávida consiga andar à vontade.
A rutura artificial das membranas costuma ser acompanhado por soro de oxitocina e se o útero estiver a contrair na altura em que a RAM é executada, o parto acontece pouco tempo depois.
A forma sintética da ocitocina é utilizada para a indução do trabalho de parto, pois estimula o útero, provocando as contrações.
Quando as contrações são provocadas pela administração de ocitocina tendem a ser mais fortes, mais longas e mais dolorosas do que as normais.
A indução do trabalho de parto só é utilizada mesmo em caso de necessidade e com o objetivo de manter a mãe e o bebé de boa saúde.
Trabalho de parto pré-termo significa que está na iminência de entrar em trabalho de parto e não que vai ter um parto prematuro.
Como o parto prematuro é uma das principais causas de complicações nos recém-nascidos, é importante que a grávida consiga reconhecer alguns dos sintomas do trabalho de parto pré-termos, para conseguir agir a tempo de o prevenir.
No caso de rutura das águas, deve dirigir-se imediatamente para o hospital, pois tanto o bebé como a mãe correm risco de infeções e estão vulneráveis.
CASOS DE MAIOR RISCO NO TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMO
Se se encontra numa das situações abaixo, deve estar atenta a sinais de trabalho de parto pré-termo
➡Seres fumadora
➡O teu peso estar abaixo da média ou teres excesso de peso
➡Estares grávida de gémeos
➡Sofreres de pressão arterial alta ou pré-eclampsia
➡Sofreres de diabetes ou terem-te diagnosticado diabetes gestacional
➡Consumiste álcool e drogas ao longo da gravidez
➡Tens historial prévio ou mesmo familiar de partos pré-termo
SINTOMAS DO TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMO
➡Náuseas ou vómitos: a ter em atenção, principalmente se não forem comuns na gravidez;
➡Corrimento vaginal;
➡Hemorragia;
➡Contrações regulares: com intervalos iguais ou inferiores a 10 minutos entre si;
➡Dor nas costas: é mais forte do que o normal desconforto;
➡Rompimento das membranas: deve dirigir-se para o hospital de imediato.
O trabalho de parto pré-termo pode ser tratado de duas formas, seja em meio hospitalar ou pela administração de medicamentos.
1. Em meio hospitalar
O trabalho de parto poderá ser revertido em meio hospitalar, através de medicação específica para relaxar o útero e parar as contrações, de forma a dar oportunidade ao bebé de se desenvolver naturalmente até ao termo.
2. Administração de medicamentos
Se não é possível parar as contrações, deve ser administrada medicação para estimular o desenvolvimento pulmonar e antibióticos para reduzir os riscos para a saúde do bebé.
Os exercícios para o trabalho de parto ajudam durante o parto e, também, na recuperação pós-parto. Para além disso, mesmo não sendo a tua primeira gravidez, deve fazê-los.
1. EXERCÍCIOS DE KEGEL
Para fazer os exercícios de Kegel, podes fazer:
➡A contração dos músculos pélvicos durante 10 segundos e descansar durante 20 segundos.
Deves repetir pelo menos 10 vezes.
2. EXERCÍCIOS DE TAILOR
Os exercícios de Tailor melhoram a postura e fortalecem e alongam os músculos da pélvis, coxas e costas. Para além disso, ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo e a aumentar a flexibilidade.
Para fazer os exercícios de Tailor deves:
➡Estar sentada no chão com as pernas em posição de borboleta e pressionar os joelhos em direção ao chão, de forma a alongar a parte interior das coxas.
Deves aguentar a posição por 15 segundos e repetir 10 vezes.
3. AGACHAMENTOS
Os agachamentos são exercícios para o trabalho de parto que ajudam a abrir a saída da pélvis até 1 cm para que o bebé tenha mais espaço ao nascer.
Devem ser feitos ao longo de toda a gravidez, de forma a fortalecer os músculos.
Para os fazer tens de:
Encostares-te a uma parede (com opção de bola de pilates) com os pés alinhados com os ombros e deslizar pela parede até chegar a uma posição de quase sentada.
Fica nessa posição pelo menos 10 segundos e repete 10 vezes.
4. INCLINAÇÃO PÉLVICA
Este exercício para o trabalho de parto fortalece os músculos abdominais e alivia as dores nas costas.
Para fazeres a inclinação pélvica deves:
➡Colocares as duas mãos e braços esticados e os joelhos no chão e alinhar a cabeça com a coluna. Inspira e arqueia as costas. Aguenta uns segundos até expirares suavemente. Repete 10 vezes.
Os exercícios para o trabalho de parto beneficiam todas as grávidas, desde que não tenham qualquer contra-indicação.
Tem sempre em mente que a inspiração não pode ser muito mais rápida do que expiração. Quando inspirares, deves fazê-lo pausadamente. Abaixo deixo-te 4 técnicas para a respiração no trabalho de parto.
Concentra-te na tua respiração, inspirando de forma natural, e expirando com força e de forma mais prolongada, para libertar a tensão do teu corpo.
Ao contar enquanto inspiras e expiras, vais estar mais atenta à forma como estás a fazer a respiração no trabalho de parto. Ao expirar deves contar até um número superior do que ao inspirar.
Inspira sempre pelo nariz e solta o ar pela boca, mesmo que faça muito barulho. Esta é a forma correta para respirar e vai ajudar na hora do trabalho de parto.
Se estiveres acompanhada durante o trabalho de parto, pede ao teu acompanhante que faça a respiração contigo, pois ajuda a concentrares-te.
A respiração deve ser trabalhada durante toda a gravidez, para que no momento do trabalho do parto a grávida o faça naturalmente.
Trabalhares ao longo de toda a gravidez, é uma ajuda preciosa para a hora do trabalho de parto, pois aí tudo parecerá mais natural.
OCITOCINA NO TRABALHO DE PARTO
A ocitocina é importante no trabalho de parto, pois provoca as contrações do útero de forma ritmada.
Se for necessária a indução do trabalho de parto, o médico pode utilizar ocitocina na sua forma sintética.
1. O QUE É A OCITOCINA?
A sua forma sintética é utilizada para a indução do trabalho de parto, permitindo uma dilatação mais rápida.
Nos casos em que é necessário induzir o trabalho de parto, o médico pode recorrer ao uso da ocitocina sintética, pois assim que entra na corrente sanguínea, acelera o trabalho de parto, ajudando o bebé a sair.
A ocitocina na sua forma sintética tem efeitos secundários, como contrações mais dolorosas, rutura do útero e alergia a algum componente, pelo que deve ser utilizada de forma muito controlada.
A grávida deve, por isso, trabalhar formas de aumentar a produção natural de ocitocina.
Para estimular a produção natural de ocitocina, há algumas coisas que a mulher pode fazer.
1. Fazer sexo, pois produz hormonas semelhantes à ocitocina
2. Fazer acupuntura
3. Estimular os mamilos
A ocitocina também é importante no pós-parto, pois ajuda a controlar hemorragias e também promove a amamentação, pois quando o bebé está a mamar estimula a libertação de ocitocina que ajuda à saída do leite.
Há médicos que aconselham o uso de um spary de ocitocina de cada vez que a mulher vai amamentar, que deve ser aplicado 5 minutos antes de começar a alimentar o bebé.
Este tipo de medicação deve sempre ser prescrita pelo médico.
COMPLICAÇÕES NO TRABALHO DE PARTO
Em situações como as abaixo descritas, que são apenas alguns exemplos, o médico pode ter de optar por outras alternativas. Nos casos mais graves, pode ser necessária uma cesariana de emergência.
➡O bebé encontra-se numa posição posterior: o bebé tem as costas viradas para a mãe e a parte mais larga da cabeça a entrar na vagina;
➡Está numa situação de parto pélvico: parto realizado por via vaginal, mas o bebé encontra-se em posição sentada;
➡A mãe está exausta e não tem força para fazer a expulsão;
➡O bebé mostra sinais de falta de oxigénio;
➡Prolapso no cordão umbilical: torna-se evidente quando as membranas se rompem e o cordão umbilical sai pela vagina antes do bebé emergir.
PROCEDIMENTOS PARA ASSISTIR A COMPLICAÇÕES NO PARTO
1. Parto assistido com fórceps, que são utilizados só quando o colo do útero está completamente dilatado e a cabeça do bebé já está no canal uterino.
2. Extração por ventosa, é uma alternativa aos fórceps e permite que o médico rode a cabeça do bebé, não afetando a sua forma.
3. Cesariana de emergência, que pode realizar-se com recurso a epidural.
Estou grávida e devo confessar que não conheço os passos que apresentaste. Como ainda não tive aulas de PP ainda não sabia nada. Obrigada pelas dicas. Uma hora pequenina para ti. Beijos
ResponderExcluirMuito boas dicas minha querida. Beijinho
ResponderExcluirEm que hospital vais ter o teu bebé?
ResponderExcluirNice post
ResponderExcluirEste post está incrivel. Muito informativo 👌
ResponderExcluirNão estou grávida mas a minha irmã está e por isso lhe enviei o link beijinhos
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