A gravidez é um momento único na vida de uma mulher. Não apenas pela realização da maternidade, mas também porque, nesta fase, o corpo passa por várias transformações que exigem atenção redobrada e cuidados especiais. Entre eles está a necessidade de manter vitaminas e minerais em doses adequadas. Durante a gestação existem alterações metabólicas e nutricionais específicas desse período: o apetite aumenta, a secreção gástrica diminui e o intestino fica mais lenta e com um tônus menor. É por isso que a ingestão de nutrientes precisa ser muito bem monitorada e avaliada.
O ideal é que o aporte de vitaminas e minerais seja garantido a partir de uma alimentação equilibrada. Mas nem sempre isso é possível, seja pelo ritmo acelerado de trabalho que muitas grávidas levam, com pouco tempo para comer bem, seja porque alguns nutrientes não são supridos mesmo adotando uma alimentação saudável e variada – como é o caso do ácido fólico. Daí que a prescrição de suplementos vitamínicos tem tornado-se cada vez mais comum e quase que requisito obrigatório.
Esses dois nutrientes atuam juntos: a vitamina D é responsável pela absorção do cálcio no organismo. Deste modo, ter boas doses de ambos é importante tanto para a formação óssea do bebê quanto para garantir a saúde dos ossos da grávida.
Mas quando se trata de suplementar este mineral e esta vitamina, os especialistas não são unânimes. No caso da vitamina D, enquanto alguns recomendam aumentar o consumo via cápsulas se as doses estiverem baixas, outros ponderam que ainda faltam evidências científicas de que a suplementação é mesmo necessária, já que indicam não estar comprovada a necessidade de doses extras, principalmente se a grávida se expor ao sol no mínimo três vezes por semana, por 10 minutos.
Além disso não há um consenso sobre os níveis ideais de vitamina D no corpo. Há uma grande discussão em relação ao limite que define o adequado, do insuficiente, até porque em excesso, esta vitamina pode até tornar-se uma ameaça, visto ser lipossolúvel, ela acumula-se no organismo. Em altas quantidades, pode se tornar tóxica.
A polémica do cálcio
Em relação ao cálcio, a história é parecida: há quem prescreva suplementos quando há deficiência, mas outros recomendam que a grávida consuma a quantidade adequada (1300mg por dia) pela alimentação. Não é uma boa ideia dar cálcio extra, porque ele pode se depositar nas paredes das artérias do bebê e causar uma calcificação ali.
Outro fator que depõe contra a suplementação do cálcio é o fato de que por mais que a demanda do mineral esteja aumentada na gestação devido à formação do feto, o próprio organismo materno ajusta-se para que este nutriente não falte. Doses aumentadas de cálcio seriam indicadas apenas para grávidas adolescentes, já que estas estão em fase de formação óssea.
Este post é serviço público Delta
ResponderExcluirAcompanho-te mesmo antes de estares grávida e a tua dedicação mesmo nesta fase é notória. Este texto está tão explicito e ajuda quem tal como eu está em dúvida se deve atacar nos suplementos ou não, com as análises super normais. Obrigada, Anabela
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