De forma suscita, decidi que era um dever social e humanitário criar este post, para que tal como eu, tu possas estar ciente deste problema e como tudo isto começou.
Março de 2011
Depois do início da revolução na Tunísia, inspirado pelo que começava a ser chamado de Primaveras Árabes, um grupo de estudantes sírios pintou graffitis contra Bashar al-Assad. O regime respondeu com uma enorme repressão e violência, a que se seguem protestos nos meses seguintes e que acabariam numa guerra civil.
Julho de 2012
Já com a oposição armada e organizada em diversos grupos, os confrontos com o regime intensificam-se. Combatentes tentam capturar Damasco – o Exército Livre da Síria explode três postos de segurança na capital e conquista Aleppo - mas o governo aguenta-se firme.
Agosto de 2013
O regime sírio ataca o enclave rebelde de Ghouta, nos subúrbios de Damasco, com recurso a armas químicas. Mais de 1.400 pessoas morreram. O Ocidente esteve perto de lançar uma intervenção militar, mas Barack Obama acabou por recuar. Moscovo e Washington chegam a acordo para que as armas químicas em posse de Damasco sejam destruídas, sob supervisão das Nações Unidas.
Janeiro de 2014
Aproveitando o vazio de poder em algumas zonas da Síria, na oposição a Assad começam a ganhar força vários grupos jihadistas, que entram em confronto direto com os chamados rebeldes. Entre estes grupos está o autodesignado Estado Islâmico, que, em Junho do mesmo ano, faz de Raqqa a sua capital e cria um califado, na Síria e no Iraque, de Aleppo à província iraquiana de Diyala. Com o mundo chocado pelas imagens que chegam do califado – enquanto milhares de sírios são obrigados a fugir do seu país e são bloqueados às portas da Europa - a coligação liderada pelos Estados Unidos bombardeia a Síria, beneficiando os curdos que resistem, no Norte, aos avanços jihadistas.
Setembro de 2015
A Rússia, principal aliada de Damasco, entra na Síria em defesa de Assad. Os bombardeamentos russos tiveram como destino o autodesignado Estado Islâmico, mas direcionaram-se também para as cidades controladas por outros grupos rebeldes. Todos os que fossem oposição a Assad eram considerados terroristas. O tabuleiro da guerra mudou completamente e o regime sírio começou a arrecadar várias vitórias, contando também com a ajuda vinda do Irão e do Hezbollah libanês.
Dezembro de 2016
Cerca de um ano depois, o regime de Damasco captura Aleppo, depois de um violento cerco a uma cidade destruída por bombas. Alguns meses antes, em Março, Assad conseguiu reconquistar a cidade histórica de Palmira aos jihadistas, uma vitória simbólica que começava a revelar um Daesh em queda.
Abril de 2017
A Casa Branca já tem novo patrão, Donald Trump, que coloca como prioridade destruir (o que ainda resta) dos jihadistas na Síria. No entanto, um ataque com gás sarin em Khan Sheikhun, controlada pelos rebeldes, causa 80 mortos e Washington ataca uma base militar síria em retaliação.
Fevereiro de 2018
A Síria está praticamente nas mãos de Assad, à exceção de alguns bastiões rebeldes, como Ghouta Oriental. O regime decide começar uma intensa ofensiva que causa mais de 1.200 mortos. Começam a surgir os relatos de utilização de armas químicas.
O que é IS e qual é a diferença entre ISIS, IS e ISIL?
Na prática é tudo a mesma coisa, mas possuem localizações geográficas e siglas diferentes. IS significa Estado Islâmico, um grupo militante fundamentalista que aplica o Islã Sunita e opera principalmente no Iraque. Já ISIS foi autointitulou-se quando a organização terrorista se estendeu para além do Iraque e da Síria, representando o Estado Islâmico do Iraque e Síria, ou Al-Shim. O ISIL também significa a mesma coisa, representando o Estado Islâmico do Iraque e o Levante (grande área que abrange a Síria).
É importante ressalvar que foi o próprio grupo terrorista que se autodenominou "Estado Islâmico", o que não significa, e muito menos se traduz de forma alguma que sejam amplamente apoiados pela maioria da fé islâmica - incluindo a maioria dos sunitas.
As vítimas inocentes
Com a fúria da guerra, mais de 6,5 milhões de sírios fugiram do país ou fugiram para o campo a fim de encontrar segurança e paz. Isso os caracterizou como “refugiados”, um termo politicamente correto e ao qual muitos ignorantes equiparam a terrorismo. Refugiados são vítimas sem teto e sem pátria. A França, o Reino Unido e a Alemanha concordaram em receber mais de 20.000 refugiados nos campos improvisados até 2020. Embora as pessoas nos campos sejam apenas as poucas que têm a sorte de sobreviver à viagem de 3.000 km a pé pela Turquia, Eslováquia, Sérvia, Bulgária, Hungria e República Checa.
Diz-me nos comentários o que pensas sobre este assunto. É algo com que te importa, que te emociona ou que te faz pensar?
A descrição que fizeste é incrivel. Não tinha muito interesse nisto confesso.Eu tambem espero que estejas errada. Bjs Catarina B
ResponderExcluirHi Delta I congratulate you on this excellent post. This war is becoming worldwide :(
ResponderExcluirI send you a e-mail. Check please.
Não tinha noção que isto durava ha tantos anos meu deus :/ estamos num país santo msm!
ResponderExcluirDescrito mejor que muchos periódicos!
ResponderExcluirGracias por tu valiosa ayuda para entender la guerra en Siria.
:( emocionei-me muito porque nao tinha noçao sequer de metade. Em Portugal nao dao assim tanto destaque qto deviam a isto talvez para nao alarmar. Obrigada linda. Beijos
ResponderExcluirThank you very much for all your interest. You are a good person.
ResponderExcluirW/ Love
Gracias guapa
ResponderExcluirJ'ai beaucoup appris de votre texte.Je suis un journaliste français et j'ai l'intention d'utiliser beaucoup d'informations si vous le permettez.
ResponderExcluirFaites-moi savoir votre réponse par Instagram @ ludovic.prigent
Je veux vraiment mieux te connaître.
Ludovic Prigent
I'm American and I will share your text with all my followers. It deserves to be read. Congratulations.Send you a DM instagram.
ResponderExcluirNão sabia nada disto..por vezes as redes sociais faz nos parecer tudo muito perfeito. Fico triste e com medo como tu. Obrigada por este grande post. Beijos
ResponderExcluirElogiar o texto é pouco querida. És linda por dentro e por fora. Adoro-te mesmo!
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