Este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a diabetes no centro das atenções, revelando números assustadores acerca da quantidade de pessoas no mundo que sofre desta doença. E Portugal não é exceção. Contudo, não é só a diabetes que deve ser tema central no dia em que se celebra a saúde.
Uma outra medida diária e crucial para a boa saúde é o controlo do peso. Manter um peso saudável é meio caminho andado para evitar problemas relacionados com a diabetes tipo 2 (a que está relacionada com os maus hábitos alimentares) e ainda com a obesidade e problemas cardiovasculares.
Porém, não é apenas para os números da balança que se deve olhar. A gordura visceral – aquela que está acumulada na zona da barriga e que nem sempre é visível – é também um motivo de preocupação e uma das causas para o aumento do risco de problemas de saúde.
Seja pelos níveis de colesterol, seja pela quantidade de sal, de químicos, aditivos e compostos artificiais presentes, as carnes processadas devem deixar de constar na alimentação diária, uma vez que estão relacionadas com o aparecimento de alguns tipos de cancro, como alertou no ano passado a OMS – que deixou ainda o aviso quanto ao potencial cancerígeno da carne vermelha, que não deve ser excluída da alimentação, mas sim consumida em menores quantidades.
Consumir menos sal e dizer um não definitivo ao açúcar refinado (que está presente em mais alimentos do que aqueles que somos capazes de imaginar) ereduzir ao máximo o consumo de produtos processados e industrializados (que vão muito além da fast food) são outras medidas essenciais e também prioritárias na hora de cuidar da própria saúde. Além de estarem relacionados com problemas de colesterol e pressão sanguínea, estes dois ingredientes têm ainda uma (grande) parte de culpa na obesidade e no risco de sofrer de cancro.
O açúcar - que pode danificar mais o cérebro do que o stress extremo - tem sido considerado um dos maiores venenos da atualidade, uma vez que aumenta em três vezes o risco de morte precoce por problemas de coração. Mas é o sal ainda o nome mais associado à hipertensão.
Mas não é apenas a alimentação e os maus hábitos que estão relacionados com a saúde precária. O stress é um outro veneno atual, assim como o sedentarismo.
O primeiro pode dar azo aos mais variados problemas mentais e comportamentais e está ainda relacionado com a dificuldade em dormir e em controlar o que se come – duas conjugações que podem dar origem a mais casos de obesidade.
O segundo é uma das principais consequências dos empregos modernos e da era digital. A falta de atividade física está diretamente associada ao aumento de peso – e de gordura acumulada – e ainda a complicações articulares, duas situações que conseguem tirar a qualidade de vida às pessoas. No caso das mulheres, pode ainda aumentar o risco de cancro.
Mas o sedentarismo é tão capaz de tirar vigor às pessoas que esta semana, o governo britânico divulgou um estudo que revela que uma em cada cinco pessoas não é capaz de correr cem metros ou de ter uma passada mais ligeira para chegar ao autocarro. Exemplos alarmantes da condição de saúde a nível geral dos dias de hoje.