#2 A alimentação nutricional...a importância do Ómega 3 e controlo do Ómega 6


Em conjunto, ambos ajudam a manter os níveis de colesterol adequados, contribuindo para a saúde do teu coração. Inclusive, podem contribuir para manter o teu sistema imunológico e cardiovascular saudável. No entanto, existe um alerta importante sobre o rácio destes dois tipos de gorduras poliinsaturadas, que não sendo respeitado pode contribuir para a causa do surgimento de problemas oncológicos, um dado clinicamente comprovado.

Os nossos antepassados primatas, teriam na sua alimentação uma relação de 1:1. Actualmente, esse quociente é de 7:1 em diversos países da Europa, principalmente detetado e presente em doentes oncológicos, o que favorece as infeções, inflamações e por consequência o cancro.

Produtos como óleo de girassol, milho, carne, leite e produtos derivados e transformados podem favorecer inflamações no organismo. A situação complica-se porque uma forma especial de ómega 6, o ácido gordo essencial gama-linoleico (GLA) ao contrário de outros ómegas 6 está quase completamente ausente da alimentação. O ácido gama-lonoleico (extraído do cânhamo, da borragem, da onagra e da romã) combate naturalmente os processos inflamatórios do organismo. A relação entre o ómega 6 e o ómega 3, não deverá ultrapassar 3:1.

As gorduras modificadas tecnologicamente como a margarina, possuem óleos endurecidos artificialmente. Já o leite e a gordura de vaca poderá conter, ácidos gordos insaturados. Ao contrário das gorduras transformadas através de processos industriais, os ácidos gordos presentes no leite de vaca biológico, graças às bactérias do estômago da vaca, podem surtir um efeito positivo no organismo. No entanto, o leite não deve ser consumido mais do que 250ml por dia.

Os óleos vegetais (por exemplo, de linhaça, soja, canola, cânhamo e colza), as saladas verdes, os legumes, as ervas aromáticas, os rebentos, os frutos de casca rija e as sementes são ricos em ácido gordo ómega 3 de origem vegetal (ácido alfa linoleico ALA). No organismo, este transforma-se em ácido docosa-hexaenóico (DHA) e em ácido eicosapentaenóico (EPA), para aí desenvolver a sua acção benéfica. No grupo dos frutos de casca rija e das sementes, são as nozes, as amêndoas, as sementes de linhaça e as sementes de cânhamo as mais ricas em ómega 3.

O peixe por outro lado, contém ácidos gordos ómega 3 já na forma adequada. Destes são particularmente recomendáveis o salmão, o arenque, a sardinha, a cavala, o atum, a sarda e outros peixes gordos de mar. As cápsulas de óleo de peixe são uma boa alternativa para todas as pessoas que não apreciem estes alimentos ou tenham intolerância. 

importância dos ácidos gordos como o ómega 3 é incontestável, visto que em dose certa, protege o coração e o sistema circulatório, promove o desenvolvimento do cérebro, estabiliza a psique análise e melhora o fluxo sanguíneo, inibe a formação de novos vasos sanguíneos e de igual modo no crescimento de tumores. Já os ácidos ómega 6, apesar de serem necessários, em excesso e associados ao facto de existir uma carência de ómega 3, podem provocar um efeito colateral não desejado: inflamações. 

Alerto que não é necessário dar preferência à compra dos alimentos enriquecidos com ácidos gordos ómega 3 (muitas vezes publicitado e anunciado como atributo de determinado produto), uma vez que a natureza os providencia gratuitamente nos produtos que enunciei, consome-os.

Como substituir as gorduras más por gorduras boas?


Nas entradas ou lanches, substitui as batatas fritas e biscoitos com gordura trans, por iogurtes/bebidas lácteas desnatadas, sandes naturais com pão integral, frutas variadas, batidos e sumos de fruta.
Verifica os tipos de gordura nos rótulos dos alimentos antes de os comprares e escolhe aqueles com os menores teores de gordura saturada e sem gordura trans.

Substitui a manteiga, com gorduras saturadas, pela com gorduras insaturadas, como o creme vegetal. Normalmente, a forma de distinguir é verificar a dureza da manteiga à temperatura ambiente, quanto mais dura, maior o conteúdo de gordura saturada. 

Opta por leites e derivados com baixo teor de gordura, como leites desnatados ou semidesnatados, iogurtes/bebidas lácteas e ainda queijos com baixo teor de gordura. 

Substitui carnes gordurosas
como carne seca, picanha, costela, 
maminha, cupim, bisteca de porco, entre outras, por carnes magras como alcatra, filé mignon, lagarto, acém, coxão duro, coxão mole e lombo de porco. A gordura quando necessário, pode ser mantida na confeção, contudo não deve ser consumida.
Sempre que possível, dá preferência a carne branca, como frango sem pele, coelho, peru ou os peixes enunciados anteriormente.

 #1 A alimentação nutricional...como medicamento [aqui]